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12/11 A fé é crer…
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A revelação só é possível se a razão humana for capaz de recebê-la e reconhecê-la como manifestação livre, pessoal e generosa daquela Verdade que essa mesma razão sábia presente, embora oculta, como fundamento transcendente da própria existência e da existência da totalidade do universo. A fé, como resposta obediente à revelação divina, pressupõe, pois, que a razão humana, debruçando-se sobre a realidade criada, seja capaz de chegar ao conhecimento da existência e da bondade do Criador, estando por isso permanentemente aberta a uma possível revelação pessoal de Deus.

Por ser resposta à livre revelação de Deus, a fé é graça, fruto do sopro interior do Espírito na inteligência e no coração do ser humano: “a verdade que a Revelação nos dá a conhecer não é o fruto maduro ou o ponto culminante dum pensamento elaborado pela razão. Pelo contrário, aquela se apresenta com a característica da gratuidade, obriga a pensá-la, e pede para ser acolhida, como expressão de amor” (Fé e Razão, nº 15). Sem profunda humildade não se pode chegar à fé.

A razão nos leva à soleira do mistério. Pela revelação o mistério insondável de Deus se abre para nós como puro dom, revelando-se a nós e revelando para nós a razão última da grandeza e da dignidade de nossa inteligência: poder entrar na posse pessoal da verdade do próprio Deus. Esse encontro com a revelação abre para a razão um horizonte novo, inesperado e surpreendente, pois introduz-nos no inesgotável mistério da infinita e suprema verdade.

A fé jamais pode ser pensada como negação da inteligência; pelo contrário, ela é um ato de entrega amorosa e agradecida do ser humano ao mistério da verdade suprema, sua razão de ser e razão de sua incessante busca. Há pessoas que se gabam de ter uma religião cientificamente fundamentada, filosoficamente fundada e plenamente dentro dos limites da razão humana, sem mistérios.

A verdade revelada é mistério não porque, impenetrável, lança nas trevas o entendimento humano, mas sim porque se constitui em um abismo de luz que inunda o pensar e o sentir do homem, oferecendo-se sempre de novo como resposta inesgotável ao infinito desejo da criatura finita. O ato de fé é, na terra, a realização suprema da inteligência humana feita que seja para consumar-se na posse da Verdade.

Encontrar a plenitude da verdade sem Deus não é possível e muito menos decidir-se a viver dela. A revelação cristã, ao nos colocar em contato com a verdade de Deus – o Verbo feito Carne –, ilumina nossa vida e abre-nos o caminho para o conhecimento e a vivência dos valores que devem presidir a vida da sociedade. Entretanto, sem a adesão sincera e o empenho de todos em viver esses valores, a encarnação do Verbo, Caminho, Verdade e Vida, não poderá florescer plenamente no coração da história humana. Donde a urgência sempre atual de testemunhar e proclamar o evangelho de Jesus Cristo a todas as criaturas.

Irmão(ã), você foi chamado(a) para seguir Jesus. No caminho aceite sua companhia, escute sua palavra, e coma do pão que Ele parte. Partilhe com os irmãos de caminhada suas alegrias e também suas dores, pois: “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles”(Mt 18, 20). Como são importantes nossas reuniões, momentos preciosos de encontro com o Senhor! A todos o nosso abraço fraterno!