Origens – A comunidade São Francisco de Assis, situada no Bairro José Elói, teve seu início como comunidade cristã mais ou menos em 1979, como se verá adiante, mas, como núcleo urbano, pode-se dizer que sua existência remonta aos anos quarenta. Com efeito, suas terras pertenceram a José Elói da Fonseca e a seus irmãos, Lafaiete, Durval, Leopoldo, Isaac, Dirceu e Olga Demétrio, a família de proprietários das terras que constituem hoje os Bairros Mangabeiras, José Elói e Vale do Sol.
Eram pessoas simples, humildes, portadores de caráter e honestidade, que mantiveram seus nomes denominando o bairro e algumas de suas ruas. José Elói tinha uma propriedade situada perto de uma paineira ainda existente na Rua Campinas, uma fazenda de engenho, com plantação de milho, feijão, café e frutas diversas. Ali também havia galinhas e criação de gado. Na fazenda, ele mantinha também um carpinteiro que fazia os caixões para quem deles precisasse. Seu irmão Dirceu também era proprietário de uma fazenda situada na Rua do Andrade, mais ou menos onde é a casa do Sr. João Braga. Das benfeitorias deixadas, a que durou mais foi o moinho de água que mantinha a região com fubá e canjica, mas foi demolido no loteamento que deu origem ao Mangabeiras.
Nasce a comunidade – Desde o final dos anos sessenta já funcionava no bairro uma unidade da SSVP, a Conferência de Santa Ana. Naquela época, moravam nesta região muitas famílias carentes que eram assistidas pela SSVP com alimentos e remédios. Mais tarde, a Prefeitura construiu casa para eles no Bairro Promorar, casas feitas com ajuda e colaboração da comunidade, principalmente de Dona Mariazinha, que, com muita luta e dedicação, conseguiu este progresso para aquelas famílias.
Entretanto, segundo se conta, foi mais ou menos em 1979 que a comunidade nasceu pra valer. Foi assim: o local atualmente ocupado pelo Centro Comunitário era um campinho. Alguns moradores se juntaram e fizeram um galpão com paus roliços para as reuniões da SSVP, festa junina e celebração do mês de Maria. Uma promoção do Lions Clube de João Monlevade conseguiu 500 tijolos de cimento para a construção de um cômodo melhor. O povo se animou e foi atrás de areia, pedra e cimento, construindo o Centro Comunitário. Nesta mesma época Dona Adinda van Den Bruele e Maria José van Leeuwen, do grupo das “holandesas”, fundaram o Clube de Mães.
Nos vinte anos seguintes, três lideranças locais cuidaram dos interesses da comunidade: o Sr. Martins e o Sr. Augusto, ambos presidentes do Centro Comunitário, muito trabalharam em sua construção e ampliação; já a Dona Maria Lelles sempre atuou no curso de preparação para o batismo. Por volta de 1990, começou a Novena da Sagrada Face e a catequese começou com um grupo de seis catequistas: Natalina, Maria Inês, Celeste Aparecida, Célia e Auxiliadora. Em 1999, com a instalação do CPC, São Francisco de Assis foi escolhido como patrono da Comunidade.
Atualmente, o CPC continua coordenando as atividades da comunidade: agora há catequese de perseverança, de crisma e curso de batismo. Há celebrações aos sábados e missa toda a primeira quinta feira do mês, e a liturgia é animada pelo Coral São Francisco. A SSVP, o Apostolado, a Legião de Maria continuam sua missão evangelizando e promovendo o bem social. A comunidade tem o seu CPC integrado por Maria das Dores Barcelos, Neuza Batista dos Santos, Luíza Perpétua e Aparecida Guadalupe, que fazem a integração da comunidade com a paróquia. Para encerrar, a grande novidade – que está enchendo todos de alegria e esperança – é que os jovens, acreditando no que está sendo feito, estão se motivando para assumir liderança na comunidade. Que São Francisco os abençoe e inspire seu trabalho.