Origens do bairro – A aglomerado urbano que deu origem a essa comunidade situava-se na realidade bem perto do centro urbano e apareceu no final dos anos quarenta com os primeiros moradores que vieram habitar nas proximidades da Avenida Getúlio Vargas e das ruas Virgílio Lima, Padre Pinto, Monlevade e José Antônio. Os moradores mais antigos foram as famílias de Dona Maria do Morro, José Andrade, José Antônio Milânio e João Batista. Havia poucas casas: no mais eram pastos e algumas plantações. Havia também muitas bicas de água, mas na parte da Av. Getúlio Vargas havia era brejo e, segundo se conta, os antigos proprietários teriam cedido terras para a Igreja.As famílias viviam do que plantavam em suas roças.
Não havia ainda a água encanada nem rede de esgoto nem asfalto. As bicas eram utilizadas pelas lavadeiras, as quais ainda
carregavam água para alimentação e limpeza da casa. Nos anos cinqüenta, Alberto Lima, proprietário de algumas terras, loteou-as e vendeu os lotes, mas tal venda só foi legalizada posteriormente por intervenção do Sr. Astolfo José Linhares. Foi a partir de 1964, com a emancipação, que o progresso chegou trazendo água, esgoto, calçamento, iluminação e asfalto.
Início da Comunidade Religiosa – Pode-se dizer que a comunidade nasceu em dezembro de 1967, ou melhor, em 20 de janeiro de 1968, após a primeira Missa celebrada pelo Padre João Batista Gomes Neto no final da Rua Virgilio Lima, quando ele empossou a primeira diretoria da Comunidade de Base, composta por Tito Gregório dos Santos (Presidente), Sebastião Cirilo da Silva (Tião Firmiano) (Vice), Juraci Milânio e Sebastião Paulino de Souza (1º e 2º Secretários), Raimundo Nonato Silva e Diogo Maria dos Santos (1º e 2º Tesoureiros).
As dificuldades eram muitas. Como não havia ainda Centro Comunitário, as reuniões eram feitas nas casas de Dona Belmira e Tião Firmiano. Ali se rezava o terço, fazia-se reflexão evangélica e se discutiam os problemas do bairro. Após o encontro com algumas irmãs que estiveram aqui em Missão, o tema das reuniões era o livro Tempo de Reflexão, do plano pastoral da Diocese. Fazia-se sindicância ás famílias necessitadas, que eram socorridas com alimentos. Fazia-se também o Natal dos pobres. Foi adquirida uma imagem de São Sebastião, padroeiro da comunidade, cuja festa era comemorada em local aberto, sob um palanque. Nos fins de semana, além da missa, havia coroação, leilões e barraquinhas.
Daí para frente, dois movimentos animaram a comunidade: primeiro, o movimento de oração, conduzido pelo líder comunitário Manoel Gomes Pereira e seu auxiliar José de Paula, que coordenavam rezas e festas; depois, o movimento catequético que, articulado pelos Padres Jacinto e Estevão, teve prosseguimento pelas mãos das catequistas Edith das Graças Monlevade, Francisca Belmira de Paula e Juracy Milânio e Maria das Dores Silva (Dora).
Centro Comunitário / Capela -As atividades se intensificavam e fazia-se necessária uma sede para reuniões e, quem sabe, um espaço para celebrações. Obteve-se do Sr. Totó Loureiro a doação de um terreno para o Centro Comunitário. Com a união e espírito comunitário das famílias do bairro e também com a ajuda da Prefeitura, conseguiu-se a construção da parte de baixo, por volta de 1983. Com isso, ganhou-se o espaço necessário p a r a f e s t a s p r o m o c i o n a i s , catequese de primeira eucaristia e crisma, grupos de reflexão, clube de mães e festas de confraternização. A s d u a s próximas diretorias foram fundamentais para o prosseguimento das atividades, graças ao entusiasmo de seus m e m b r o s , q u e conseguiram a volta do povo, que andava meio afastado: a primeira, em março de 1992, foi encabeçada por Ednilson José Andrade e Maria das Dores Silva, quando, sob a coordenação de Ely Calixto Moreira e a autorização do Padre Carlos Jorge Teixeira, se iniciou a construção da Capela de São Sebastião, concluída em 1995, com a bênção da mesma e a autorização de abrigar o Santíssimo Sacramento; a outra, em fevereiro de 1996, coordenada por Horácio Paulino Quaresma e Wagner Rolla, muito contribuiu para a formação dos grupos Eclesiais da comunidade com o objetivo de viver uma vida de oração e ação na comunidade. Foram implantadas a partir desta data várias pastorais, grupos de oração, conferências de São Vicente de Paulo, Apostolado da Oração, e a equipe de liturgia, coordenada por Ednilson e Dora.
Integração com a Paróquia – A integração com a paróquia se faz através do Conselho Pastoral Comunitário – (CPC). Formado por um ou dois representantes de cada grupo Eclesial existente dentro da comunidade, este Conselho dirige e coordena as atividades na comunidade. Foi implantado nesta comunidade pelo Padre Aloísio Vieira, em 1999. Atualmente, representam a comunidade no Centro Pastoral da Paróquia: Ednílson José Andrade, Maria das Dores Silva, Cornélia Freitas e Maria da Conceição Silva.
Atividades – Hoje, com a comunidade edificada, continuamos a caminhada de braços abertos junto com os grupos Eclesiais:
1. Conferência Santa Cecília, existente desde 1978.
2. Novena Perpetua à Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, iniciada em 1997, por
intermédio de Ednilson e Fernando, rezando pelas vocações, pelos enfermos e pelas
famílias.
3. Catequese de iniciação cristã e catequese crismal, com catequistas formados pelo Padre Antônio Alves,em 1989.
4. Novena da Sagrada Face, introduzida por Maria Inez, proveniente de Our Preto, em
1999
5. Grupo de oração “Família Unida”, existente desde 1996, que funciona nas casas das famílias que moram nas ruas Paracatu e Kennedy. Essas famílias, além de fazerem as orações, discutem sempre os temas da Campanha da Fraternidade e da Novena
de Natal, quando cestas básicas são oferecidas como gestos concretos da preparação do Natal.
6. Coral Santa Cecília: Com o incentivo de Padre Aloísio, formou-se este Coral, em 1999, com a ajuda de Aparecida Gonçalves, do Coral Caminho e Vida. Assim podemos celebrar sem precisar de trazer grupo coral de outra comunidade. Hoje temos o Coral São Sebastião.
7. Em 2001 foi implantada a FRATER (Fraternidade Santa Terezinha)
8. Em março de 2003 foi implantada a FAMAPA (Família Madre Paulina).
9. Em 1998, a Irmandade do Sagrado Coração de Jesus.
10. Em 1999 o Movimento Mãe Peregrina.
11. Em 2006, Pastoral Vocacional.
12. Hora Santa, todas as quintas-feiras.
13. Procissão dos Cavaleiros em honra de São Sebastião.
Para finalizar, há que se ressaltar a assistência espiritual e sacramental dos Padres Jorge e Marcos que, além de propiciar-nos a Santa Missa, centro de nossa vida espiritual, orientam a comunidade para viver o espírito das bem-aventuranças na edificação do Reino de Deus.