Do dia 14 a 18 de novembro, os seminaristas que cursam Teologia, realizaram o retiro espiritual no Mosteiro Nossa Senhora das Graças, em Belo Horizonte. Foi um momento de graça para todos, pois a espiritualidade monástica, beneditina, calcada no “Ora et labora”, a beleza do canto Gregoriano, nos colocam em contato mais íntimo com o Senhor de nossas vidas.
Refletimos sobre reavivar o dom da vocação, a vocação que Deus nos faz. Ele nos chama para uma missão, mais particularmente para a vocação e missão do sacerdócio, pois a consagração sacerdotal nos reserva para Deus.
A irmã Felicidade ressaltou que o Sacramento primordial é Jesus Cristo, imagem visível de um Deus invisível. E o Sacramento Universal da Salvação é a Igreja. (Lumen Gentium). A sacramentalidade da Igreja é a garantia de sua vinculação a Jesus Cristo, manifestando, simultaneamente, sua dimensão teológica e a especificidade da salvação operada por Deus nela, por meio do único Salvador.
O verdadeiro cristão se esforça por buscar a integridade e a coerência evangélica, e está feliz em sua vida de fé e não pode deixar de manifestá-la, pois sua fé e sua vida são uma só coisa. Mas só conseguiremos progredir na fé em contato com a Palavra de Deus e a oração.
Por isso, na meditação da escuta da Palavra, Lectio Divina, refletimos o evangelho de Jo 15,1-8. Jesus usou a imagem da vinha para se referir ao Reino e ao povo. Ele se apresenta como videira e se refere aos discípulos como ramos, em uma linguagem simples e direta: “Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não dá fruto em mim, ele corta; e todo ramo que dá fruto, ele limpa, para que dê mais fruto ainda” (Jo 15,1-2). Ele ainda fala do Reino, como campo de trabalho, “pois o Reino dos Céus é como o proprietário que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. Combinou com os trabalhadores a diária e os mandou para a vinha” (Mt 20,1-2).
Pertencem à Igreja os que foram incorporados a ela pelo batismo, e embora os fiéis se diferenciem uns dos outros, por cada qual, ao seu modo, participa do único sacerdócio de Cristo. Assim se estrutura o sacerdócio ministerial e o sacerdócio comum dos fiéis; entre eles não há concorrência, mas um se volta para o outro e se realizam no serviço. (Lumem Gentium)
Gustavo da Silva Alves – 3º ano de Teologia